Resident Evil: Requiem promete nova era de terror com múltiplas perspectivas, personagens jogáveis e retorno a Raccoon City

Durante a Summer Game Fest 2025, a Capcom revelou oficialmente Resident Evil: Requiem, nono título principal da aclamada franquia de terror e sobrevivência. O anúncio foi acompanhado por um trailer sombrio que trouxe à tona o retorno da atmosfera opressora que consagrou a série — e reacendeu o interesse dos fãs por novidades mais impactantes. Agora, novas informações vazadas sugerem que Requiem não será apenas uma continuação direta de Resident Evil Village, mas também um divisor de águas na forma como os jogadores interagem com o universo da saga.

Mudança de perspectiva: literalmente

Segundo fontes ligadas à demonstração fechada realizada pela Capcom, Resident Evil: Requiem permitirá que os jogadores escolham entre visão em primeira e terceira pessoa durante toda a campanha. Essa decisão marca um ponto de inflexão na série, já que Village havia optado por uma abordagem exclusiva em primeira pessoa. A novidade permite alternar entre a imersão do horror subjetivo e a clareza estratégica nos combates — uma escolha que pode agradar veteranos da série e novos jogadores.

A demonstração de aproximadamente 30 minutos exibiu como essas trocas funcionam na prática: a exploração tende a ser mais eficaz e atmosférica em primeira pessoa, enquanto as sequências de combate ganham fluidez e controle tático em terceira. Essa flexibilidade pode redefinir a forma como os jogadores vivenciam o terror em Resident Evil.

Novos rostos (e talvez rostos familiares)

A protagonista principal será Grace Ashcroft, uma agente do FBI que investiga assassinatos misteriosos em um hotel isolado — cenário com laços profundos com sua própria história familiar. Grace traz uma abordagem distinta: em vez do tradicional spray de cura, ela utiliza seringas medicinais, o que remete a um tratamento mais clínico e menos convencional dentro do universo da franquia.

Mas ela não será a única jogável. Um segundo personagem, descrito como “familiar” e “fortemente armado”, aparece em trechos vazados da jogabilidade. A comunidade especula que se trata de Leon S. Kennedy, figura icônica da série, embora a Capcom ainda não tenha confirmado a identidade. Caso se confirme, será o reencontro de Leon com a linha narrativa principal desde Resident Evil 6.

De volta à origem do medo

Os ambientes mostrados incluem corredores escuros iluminados apenas por um isqueiro — no melhor estilo survival horror — e criaturas grotescas à espreita. A trama se desdobra entre locais inéditos e outros que são pura nostalgia: a cidade destruída de Raccoon City volta à cena, agora um símbolo em ruínas dos horrores do passado.

O jogo utiliza novamente o RE Engine, motor gráfico proprietário da Capcom, que potencializa os efeitos visuais com ambientação detalhada, iluminação realista e animações fluídas. A promessa é entregar um terror mais cinematográfico, com forte ênfase na construção de tensão e personagens emocionalmente densos.

Entre sucessos e tropeços

Enquanto Resident Evil Requiem não chega, a Capcom segue colhendo frutos da franquia. O remake de Resident Evil 4 atingiu a marca impressionante de 10 milhões de cópias vendidas, tornando-se o jogo mais rapidamente vendido da história da companhia. Em contraste, o port mobile de Resident Evil 3 para dispositivos Apple teve uma performance tímida, com menos de 115 mil downloads e faturamento inferior a US$ 50 mil.

Essa disparidade demonstra a força da Capcom quando investe pesado em suas produções de console e PC — e aponta o caminho que Requiem pretende seguir. Com lançamento agendado para 27 de fevereiro de 2026 no PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, o novo capítulo da franquia chega prometendo misturar o melhor dos mundos: terror psicológico, nostalgia, ação precisa e múltiplas perspectivas. A nova era de Resident Evil está prestes a começar — e tudo indica que ela será de arrepiar.