Rematch estreia com polêmica: sem cross-play e com instabilidade, jogo da Sloclap enfrenta críticas no lançamento

Anunciado como uma das apostas mais ousadas de 2025 para reinventar o futebol virtual com uma pegada arcade, Rematch, da desenvolvedora francesa Sloclap, estreou em acesso antecipado em 16 de junho — e já chegou cercado de controvérsias. O principal motivo: a ausência de suporte a cross-play entre plataformas, frustrando expectativas da comunidade que havia acompanhado os testes beta.

A revelação foi feita pouco antes do lançamento do acesso antecipado, por meio de uma postagem no perfil oficial do jogo no X (antigo Twitter). O comunicado, publicado cerca de uma hora antes da liberação oficial das edições Pro e Elite, admitiu que o recurso multiplataforma “não estará disponível no lançamento, mas é uma das principais prioridades para as próximas atualizações”.

A reação foi imediata. Muitos jogadores que investiram antecipadamente para garantir o acesso antecipado relataram decepção, especialmente aqueles que planejavam jogar com amigos em outras plataformas. A Sloclap reconheceu que “mirou no lançamento, mas não conseguiu deixar pronto a tempo”, e garantiu estar trabalhando ativamente na implementação do recurso. Ainda assim, o timing da comunicação foi alvo de críticas, sendo interpretado como uma falha de transparência com a base de fãs mais engajada — e financeiramente comprometida com o projeto.

Falta de estabilidade agrava insatisfação

Além da ausência de cross-play, o lançamento também foi marcado por problemas técnicos. Diversos relatos de jogadores indicam instabilidade nos servidores, dificuldades de conexão e falhas no matchmaking — problemas que já haviam aparecido nas últimas fases do beta aberto.

Embora comuns em estreias com grande volume de acessos simultâneos, os erros acabaram por ampliar o descontentamento de parte da comunidade, que esperava um lançamento mais sólido após o sucesso dos testes anteriores.

Uma proposta ousada e sem regras

Rematch busca se posicionar como uma alternativa criativa aos simuladores tradicionais de futebol. A proposta lembra uma fusão entre FIFA Street e Rocket League, com partidas 5v5 em arenas fechadas, bola sempre em jogo e foco na ação cooperativa. Faltas, impedimentos e pênaltis foram eliminados, em nome de um dinamismo constante.

A jogabilidade em terceira pessoa coloca os jogadores no controle direto de um atleta, com movimentação livre, dribles acrobáticos e passes precisos. Segundo o diretor criativo Pierre Tarno, o objetivo era aplicar os aprendizados de títulos como Sifu e Absolver para criar um jogo esportivo baseado em ação tática e movimentação fluida.

Ronaldinho Gaúcho lidera campanha como embaixador

Para ampliar o apelo global de Rematch, a Sloclap trouxe o craque brasileiro Ronaldinho Gaúcho como embaixador oficial do projeto. Ídolo do futebol mundial, ele chegou a visitar os estúdios da desenvolvedora em Paris e participou de sessões de testes com os desenvolvedores. Outros atletas, como Marc-André ter Stegen (Barcelona) e Kobbie Mainoo (Manchester United), também integram a campanha promocional.

Rematch está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC desde 19 de junho de 2025, com edições especiais que garantiram acesso antecipado a partir do dia 16. Ainda que os problemas iniciais tenham ofuscado parte do entusiasmo, o jogo registrou números expressivos durante o período beta, atraindo milhões de jogadores curiosos com a proposta inovadora.

Resta saber se a Sloclap conseguirá reconquistar a confiança do público com atualizações rápidas, cross-play funcional e servidores estáveis — elementos essenciais para transformar Rematch em mais do que uma curiosidade do mercado.