Após anos de especulação, a série de Assassin’s Creed finalmente foi oficialmente aprovada pela Netflix. O projeto será uma adaptação televisiva da aclamada franquia da Ubisoft, e promete explorar em profundidade a guerra milenar entre Assassinos e Templários — agora com tempo e estrutura para fazer jus à complexidade do universo dos jogos.
Diferente do filme lançado em 2016 com Michael Fassbender, que foi criticado pela superficialidade, a série terá como showrunners Roberto Patino (Westworld, Sons of Anarchy) e David Wiener (Halo, Fear the Walking Dead), nomes com histórico em narrativas densas e mundos ficcionais complexos.
Em comunicado oficial, os produtores destacaram que o projeto tem ambição cinematográfica e foco temático:
“É sobre poder, violência, sexo, ganância e vingança. Mas, acima de tudo, esta é uma série sobre o valor da conexão humana entre culturas e através do tempo. […] Estamos comprometidos em criar algo incrível para fãs de todo o mundo.”
A trama ainda está envolta em mistério, mas tudo indica que seguirá o mesmo princípio dos jogos: o uso da tecnologia de “memória genética”, que permite que personagens revivam lembranças de ancestrais por meio do DNA, servindo como ponte narrativa para múltiplas épocas históricas.
Embora elenco, cronologia e cenários ainda não tenham sido revelados, é possível que a produção visite períodos consagrados da série, como o Japão feudal (Assassin’s Creed Shadows), a Renascença italiana (AC II), o Egito Antigo (AC Origins) ou a Era Viking (AC Valhalla).
A Netflix tem investido fortemente em adaptações de jogos — com sucessos como Arcane e Castlevania — e agora parece tratar Assassin’s Creed com o mesmo cuidado. O projeto foi anunciado originalmente em 2020, mas só agora foi aprovado, o que indica um desenvolvimento mais cuidadoso e menos apressado.
A Ubisoft está diretamente envolvida na produção, o que pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista. No mínimo, deve garantir fidelidade ao material original. A expectativa é que a série possa repetir os acertos de outras produções como The Last of Us (HBO) e Fallout (Amazon), que provaram que é possível adaptar videogames com qualidade.
Com mais de 200 milhões de cópias vendidas desde 2007, Assassin’s Creed é uma das franquias mais influentes da história dos games. Além da série, há rumores sobre um possível remake de Black Flag, sinal de que a Ubisoft pode estar planejando uma nova fase para a marca — desta vez com mais consistência e ambição.
