Lara Croft, cadê você, minha filha?

Por Pedrita, caster do Passa de Fase

Tem coisa que não dá pra ignorar. Tipo o sumiço da Lara Croft. Sim, ela mesma — a arqueóloga que virou símbolo, a mulher que mostrou que coragem, inteligência e rebeldia podem (e devem) andar juntas no mundo dos games.

Eu cresci com a Lara. Minhas primeiras aventuras solo foram com ela: escapando de armadilha, descobrindo segredos perdidos e enfrentando uns bichos que eu nem sabia que dava pra enfrentar num videogame. E não era só gameplay — era identificação. Era inspiração.

A Lara sempre foi isso: força, atitude e personalidade, sem precisar gritar ou agradar ninguém. Ela fazia o que precisava ser feito, no tempo dela, do jeito dela. E agora, cadê? Sumiram com a personagem. Tá tudo parado. A gente não vê uma nova história, uma nova fase, nem sinal de vida. Só o eco dos clássicos e o vazio de quem espera.

E isso me frustra. Porque a Lara ainda é referência. Ela representa quem escolhe trilhar o próprio caminho, quem encara os desafios de frente, quem não aceita ser encaixada em caixinha nenhuma. Ela é singular. É destemida. É original. E vamos falar a real? O mundo dos games precisa mais do que nunca de personagens assim.

Não tô pedindo remake por nostalgia. Tô pedindo respeito pela trajetória. Pela personagem. Pela galera que cresceu se vendo nela. Porque a gente quer mais do que lembrança — a gente quer continuidade. Quer ver a Lara lidando com dilemas novos, com histórias que a façam brilhar de novo, com o peso que ela carrega e com o espaço que ela merece.

Enquanto isso, sigo aqui: rejogando tudo que posso, segurando firme essa admiração, e esperando que alguém lá na Square ou na Crystal Dynamics resolva parar de enrolar. Porque a Lara Croft nunca foi secundária. Ela é protagonista por essência.

E como a gente sempre diz no Passa de Fase:
🎮 “Peguem suas toalhas.”
Porque vai que amanhã ela volta — e a gente já sabe que com a Lara, a aventura nunca é pequena.