Antes das batalhas multiplayer online, os embates eram no sofá mesmo!
Publicado por Mauro Junior
Todo mundo que comprava um console Atari VCS original na época encontrava o cartucho Combat no pacote. Assim, por cinco anos após seu lançamento em 1977, milhões de pessoas castigavam os joysticks de seus videogames lançando projéteis eletrônicos quadrados contra a pessoa sentada ao seu lado no sofá. E apesar disso, os tanques de guerra robustos, os caças e os bombardeiros em perpétuo conflito em Combat nunca conseguiram entrar no imaginário coletivo como aconteceu com Pac-Man, Space Invanders ou Mario.
É porque em Combat, não era possível jogar contra o computador, os inimigos somos nós. É fácil esquecer que antes dos jogos evoluírem para um formato que promove experiências predominantemente pessoais, eles costumavam ser uma competição entre dois jogadores. Combat é um exemplo pioneiro e vital de um jogo de tiro multiplayer.
A Atari alegava que Combat era capaz de produzir 27 jogos diferentes, mas apenas porque, naquele tempo, o acréscimo de uma nuvem, de uma barreira ou de um tipo diferente de projétil era considerado suficientemente dramático para merecer uma menção na parte de trás da embalagem. Existem na verdade duas formas diferentes de se jogar: com tanques ou aviões. A variação que provoca mais alterações no jogo introduz balas que ricocheteiam no cenário.
O sabor de “Pong com tanques” transforma voleios em competição de trigonometria, tornando obrigatórios os arremessos perfeitos com quicadas na parede para se marcar um ponto. O Jogo em si é simples: os adversários inclinam os Joysticks para assumir posição, fazer mira e atirar em seu adversário. Os acertos marcam pontos. A fórmula não é tão diferente dos jogos atuais de FPS, afinal, seu objetivo é mirar, atacar e acertar seu adversário.
O resultado final não mudou desde 1977 – quando os jogadores têm o mesmo nível e a competição fica acirrada, já os gráficos de Combat? Bem isso fica por conta da imaginação de cada jogador, afinal, nessa época o que valia era a competição!
Crédito:
Texto retirado do livro 1001 videogames para jogar antes de morrer.
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