Firefighter Gaiden: O Metroidvania 3D Brasileiro que Coloca o Fogo Como Vilão

Autor: Mauro Junior

Apagar incêndios, enfrentar móveis possuídos pelas chamas e explorar um campus universitário em colapso: essa é a proposta eletrizante de Firefighter Gaiden, projeto da Top Down Games, desenvolvido por alunos da PUC-PR, e publicado pela Gamescola Publisher. E foi justamente na Gamescom Latam 2025 que tive o prazer de jogar esse game que, além de original, resgata uma ideia pouco explorada no universo dos videogames: ser um bombeiro em plena ação.

Quem viveu a era dos 16 e 32 bits talvez se lembre de raros títulos com essa temática, como The Firemen, do Super Nintendo. E Firefighter Gaiden entra para esse seleto hall com uma abordagem moderna: um metroidvania em 3D que lembra clássicos como Tomb Raider, com exploração livre, upgrades, inimigos variados e muito carisma.

No game, controlamos um bombeiro que deve apagar incêndios e destruir móveis flamejantes que ganharam vida dentro de uma universidade. A mecânica é dividida entre o uso da mangueira, que apaga o fogo e permite ataques à distância (inclusive mantendo o personagem suspenso no ar com um jato de água para baixo), e o uso do machado, necessário para eliminar os inimigos de vez após apagar suas chamas.

Durante a demo, explorei um trecho do campus enfrentando mesas que pulam como touros, lixeiras que disparam lixo em chamas e livros voadores que atacam do alto. É preciso atenção constante, já que o fogo se espalha e o ambiente desaba a todo momento. O combate é intenso e dinâmico, com direito a um chefe imponente: uma mesa gigante que pula sobre você em uma arena flamejante.

A progressão é marcada por upgrades espalhados pelo mapa, como aumento de vida, maior alcance da água e novas habilidades. O visual em 3D remete diretamente à era do PlayStation 1, o que dá um charme retrô ao game — mas sem perder fluidez.

Apesar de ainda estar em desenvolvimento e sem uma data de lançamento confirmada, Firefighter Gaiden já conta com uma página na Steam e promete agradar tanto aos nostálgicos quanto aos fãs de aventuras inusitadas. É divertido, criativo e prova mais uma vez a força da cena indie brasileira.