Adi Shankar revela planos para adaptação de Duke Nukem e reforça filosofia anti-corporativa

O produtor Adi Shankar, conhecido por transformar franquias de games em animações de sucesso, revelou que adquiriu os direitos da icônica e controversa série Duke Nukem para uma futura adaptação. A revelação foi feita em entrevista ao site Esquire, onde Shankar também comentou os avanços na segunda temporada da série Devil May Cry, que está em desenvolvimento.

“Tenho videogames em produção. Obviamente, mais Devil May Cry. Estou sendo abordado por diferentes IPs e empresas que querem trabalhar comigo. Comprei os direitos de Duke Nukem. Não os direitos de jogo, mas comprei da Gearbox”, disse o produtor.

Duke Nukem sob nova direção

A aquisição não envolve os direitos para desenvolver jogos, mas sim os direitos de adaptação para outras mídias, como séries animadas ou filmes. Shankar enfatizou que sua visão para Duke Nukem contrasta radicalmente com a abordagem tradicional corporativa que, segundo ele, diluiu a essência da franquia.

“Duke Nukem não pode ser feito por uma corporação, porque no momento em que uma corporação faz Duke Nukem, ele deixa de ser Duke Nukem. É um dedo do meio para todo mundo”, afirmou. A fala sintetiza a abordagem autoral e provocadora que o produtor pretende imprimir ao projeto, buscando resgatar o espírito rebelde e satírico que definiu o personagem nos anos 90.

Embora Shankar não tenha anunciado data de estreia, elenco ou formato (série, filme ou animação), é provável que o projeto avance apenas após a estreia da nova temporada de Devil May Cry, que já está em produção.

Devil May Cry: mais perto do público

A primeira temporada da série animada de Devil May Cry, criada por Shankar, estreou na Netflix adaptando elementos centrais da franquia de ação da Capcom. Com dublagem de Johnny Yong Bosch como Dante, a série atraiu tanto antigos fãs quanto uma nova audiência.

Devil May Cry, lançado originalmente para PlayStation 2, redefiniu o gênero hack and slash com ação estilizada, demônios e combates acrobáticos. A franquia se estendeu por cinco jogos principais e um spin-off, DmC: Devil May Cry, que dividiu opiniões por sua reformulação estética e narrativa.

Com Shankar no comando, tanto Devil May Cry quanto Duke Nukem devem seguir uma linha autoral, misturando fidelidade temática com liberdade criativa — algo que já demonstrou funcionar com Castlevania, sua adaptação aclamada também produzida para a Netflix.