Autor: Mauro Junior
Entre tantos jogos experimentados na Gamescom Latam 2025, poucos me fizeram perder a noção do tempo como RitMania, do estúdio Garoa Studios. Com uma proposta simples – um botão só para toda a jogabilidade – o game conseguiu me prender com suas batidas contagiantes e sua arte vibrante, explorando ritmos brasileiros como samba, funk, pagode e axé.
Em RitMania, a simplicidade é a chave. Inspirado em Rhythm Heaven, clássico da Nintendo, o jogo brasileiro adapta a mecânica minimalista para uma coletânea de minigames rítmicos que desafiam o jogador a manter o compasso enquanto interage com cenas absurdas e hilárias. Cada minigame é uma explosão de cores e sons, todos assinados por artistas premiados do cenário nacional, incluindo o cartunista Silva João.
Durante a demo, joguei alguns dos nove minigames disponíveis, cada um com uma temática única. Em um deles, precisei completar os passageiros de um ônibus no ritmo das batidas. Em outro, precisei matar insetos para não ser picado – e confesso que foi impossível não rir com as situações.
A trilha sonora é um destaque à parte. Cada batida foi cuidadosamente composta para capturar a essência dos ritmos brasileiros, criando um mosaico sonoro que vai do samba ao brega funk, do axé à bossa nova. A combinação de músicas e visuais dá vida a uma estética única, que só poderia ter saído de um estúdio brasileiro.
O game está sendo desenvolvido para PCs e celulares, ampliando o alcance e acessibilidade. A primeira versão de demonstração será lançada no Steam em breve.
Para quem cresceu jogando Rhythm Heaven ou apenas gosta de jogos musicais, RitMania é um prato cheio – ou melhor, um festival de ritmos que me fez perder a noção do tempo na Gamescom. E se a versão completa mantiver o nível de qualidade da demo que joguei, é um título que certamente vai fazer muito sucesso.