Depois do sucesso de Super Mario Bros. Super Show! em 1989, a Nintendo decidiu que era hora de investir em algo mais fiel aos jogos — e não apenas nas loucuras live-action de Mario e Luigi. Assim, em 1990, chegou à televisão a animação The Adventures of Super Mario Bros. 3, baseada diretamente no aclamado jogo lançado no mesmo ano para o NES.
Diferente do Super Show, essa nova série eliminou os segmentos em live-action e se concentrou totalmente nas aventuras animadas. Produzida pela DIC Entertainment, a série foi exibida originalmente na rede NBC e teve apenas 13 episódios, mas se destacou por apresentar de forma mais direta os elementos visuais, personagens e mundos de Super Mario Bros. 3 — incluindo os Koopalings (chamados de forma diferente dos nomes oficiais da Nintendo), power-ups como a roupa de guaxinim, e cenários que lembravam muito as fases do jogo.
Na história, Mario, Luigi, a Princesa Toadstool e Toad tentam proteger os reinos do “Mundo dos Cogumelos” contra as investidas de King Koopa (Bowser) e seus sete filhos — os Koopalings. Cada episódio trazia uma nova tentativa do vilão de dominar os reinos usando truques, feitiços ou tecnologia bizarra, e cabia aos heróis impedir seus planos.
O que chamava atenção era a fidelidade com os jogos — um avanço em relação ao desenho anterior. Os cenários, os inimigos, os itens e até os sons remetiam diretamente ao universo do NES. Apesar da animação simples, o estilo visual evoluiu, e os episódios ganharam um ritmo mais próximo dos desenhos de ação da época, com comédia infantil e leve crítica social (em paródias de consumismo, política e comportamento adolescente).
No Brasil, The Adventures of Super Mario Bros. 3 foi exibido nos anos 90 por emissoras como SBT e depois por canais pagos como Cartoon Network e Boomerang, com dublagem que manteve o tom leve e humorístico da série americana.
Mais do que uma sequência espiritual do Super Show!, esse desenho se tornou a versão animada favorita de muitos fãs da era 8 bits. Foi também um dos primeiros casos em que um desenho buscou representar um jogo com mais fidelidade visual — e ajudou a consolidar Mario como ícone não apenas dos games, mas também da TV.