Autor: Pedrita
Sabe aquele jogo que ficou grudado na sua memória como figurinha rara do álbum da infância? Pois é. Bloody Roar é isso pra muita gente (eu acho). Um daqueles títulos que a gente jogava no PS1 com o controle meio solto, a TV de tubo chiando e um grito na garganta:
“VIRA BICHO, VAI!”
E do nada, sumiu. Sem aviso. Deixou só o eco das transformações e aquela sensação esquisita de que algo incrível foi embora cedo demais. (até porque eu sempre contei para vocês o quanto esse jogo tem valor sentimental na família dos Severiano ahahaha).
O começo:
Lá em 1997, no auge da era de ouro dos jogos de luta, a Hudson Soft soltou uma bomba discreta chamada Bloody Roar. O diferencial? Nada de Hadouken ou Fatality. Aqui, a ideia era virar uma fera — literalmente. Os personagens se transformavam em animais no meio da luta e ganhavam poderes novos, combos mais insanos e uma presença de ringue muito doida.
Tinha o Yugo (lobo clássico), a Alice (coelha fofa que batia forte), o Gado (sim, o nome era Gado, e ele era um leão brutamonte), o Buzuzima (que parecia curtir vender arte na praia) e vários outros. E a gente se apegava. Não só porque o jogo era bom, mas porque ele tinha alma (e era motivo de aposta na minha casa).
A série cresceu… por um tempo

Com o sucesso do primeiro, veio o Bloody Roar 2, que muita gente considera o melhor da franquia. E, olha, é fácil entender o porquê. A jogabilidade melhorou, os gráficos ficaram mais bonitos (pra época, né?), e o elenco cresceu com personagens carismáticos e histórias mais elaboradas.
Aí veio o 3, o 4… e algo começou a desandar. O quarto título tentou coisas novas, mas perdeu a essência. Os personagens novos não conectaram tanto com o público, o equilíbrio nas lutas ficou meio bagunçado, e o estilo visual perdeu força. A comunidade, que antes jogava com brilho nos olhos, começou a se afastar. Aos poucos, Bloody Roar foi saindo de cena.
E aí, acabou? Acabou mesmo?
Infelizmente, sim.
Depois de um tempo tentando se reinventar, a Hudson Soft acabou sendo comprada pela Konami. Com a fusão, Bloody Roar foi jogado pra prateleira de “projetos esquecidos”. Em 2011, rolou até um boato de que Bloody Roar 5 estava sendo feito. O coração gamer deu uma acelerada… mas era mentira. Desde então, nada. Nem uma imagem, nem uma música, nem uma menção.
Mas por que a gente ainda lembra com tanto carinho?
Porque Bloody Roar era diferente. Tinha personalidade. Não era só porrada — era porrada com história, com aquele toque que fazia a gente olhar pra tela e pensar: “cara, isso é legal”.
Era aquele jogo que você levava pra casa do amigo e virava madrugada jogando, rindo, gritando. Era diferente dos outros jogos de luta da época, e como eu estou escrevendo essa matéria com muito carinho, é claro que eu vou falar bem ahahah, porque eu sei que você que está lendo também deve ter aquele jogo que aquece o coração e te traz boas memórias da infância.
Inclusive eu já contei que a Alice era a minha personagem favorita em um dos casts. E não só isso, tinha até campeonato de Bloody Roar em casa!
“A sala virava ringue! Meu pai, meus tios e meu padrinho piravam com esse jogo, rolava até aposta valendo dinheiro ahahaha. Era mais do que um jogo. Era evento de família.”
E se voltasse?
Ah, já pensou? Um remake com gráficos modernos, mais profundidade nas transformações, história bem trabalhada, multiplayer online… cara, o potencial é gigantesco.
A comunidade sonha. A Konami finge que não ouviu. Mas a chama continua acesa, mesmo que pequenininha, ali no canto da memória gamer.
Se você jogou Bloody Roar, você entende.
Deixa aqui o seu comentário sobre aquele jogo que aquece o coração e te trouxe boas histórias para contar!