A situação da BioWare, lendário estúdio por trás de franquias como Mass Effect e Dragon Age, parece cada vez mais incerta. Segundo informações do Insider Gaming, a Electronic Arts chegou a considerar vender o estúdio antes de sua própria aquisição pelo fundo saudita PIF, em conjunto com a Silver Lake e a Affinity Partners, anunciada na última segunda-feira (29).
Embora a venda não tenha avançado, desenvolvedores internos relatam preocupação de que o estúdio possa ser fechado em um futuro próximo. O clima teria se agravado após as recentes demissões e a recepção negativa de Dragon Age: The Veilguard, que sofreu com longos atrasos e uma produção marcada por turbulências.
Um desenvolvedor, que preferiu manter anonimato, desabafou sobre a pressão:
“Olha a negatividade que veio depois de Dragon Age. Se nós sentíamos que ia piorar antes, você pode imaginar o que pensamos agora.”
Outros funcionários afirmaram já estar preparando portfólios e sondando novas oportunidades no mercado desde o ano passado, prevendo que a situação poderia se deteriorar.
O contexto financeiro também pesa. A aquisição da EA por US$ 55 bilhões traz consigo uma dívida de US$ 20 bilhões, e fontes ligadas ao processo indicam que os novos donos devem buscar cortes significativos para enxugar operações. O Financial Times revelou ainda que a estratégia do grupo inclui apostar em IA generativa para reduzir custos de desenvolvimento, o que aumenta a incerteza para estúdios que enfrentam projetos problemáticos.
Com isso, o futuro da BioWare, um dos estúdios mais importantes da história dos RPGs, parece estar mais frágil do que nunca. Caso se confirmem cortes ou até uma venda, seria um ponto marcante no cenário da indústria, que já vive um momento de consolidação e fechamento de estúdios tradicionais.
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